terça-feira, 13 de setembro de 2011

Não se pode suportar a loucura!

Dizem que de boas intenções o inferno está cheio. Não acredito nisso!
Acho que entre o céu e a terra há muitas pessoas com boas intenções, mais do que sonha a nossa vã filosofia.
O que percebo é que muitas vezes só intenção não faz a ação.
Conheci alguém que um dia me fez uma proposta indecente. Uma proposta inimaginável para alguém como eu.
Fiquei sem saber como agir quando eu ouvi aquilo... sério!
Essa pessoa, acreditem, com a melhor das intensões, me disse: se abra!
Isso mesmo!!! Essa pessoa me disse: se abra, diga o que se passa dentro de você e, quando precisar, peça socorro!!!!
Não sabia, até então, que alguém poderia ouvir meu socorro e vir me salvar! Sempre pedi socorro a mim mesma e assim estava até receber essa proposta.
Mas... como fazer isso? É só falar? Só abrir a boca e dizer "socorro"???
E o que vem depois? Afinal, um pedido de socorro é o máximo do desespero. Pede-se socorro quando se está morrendo, não importa o sentido da morte. Morte é sempre morte e sempre assusta.
Medo! Socorro! Como dizer??? Nunca disse a ninguém e por isso meu corpo cobrou: paralisias faciais, síndrome do pânico e outras cositas!
Resolvi então experimentar e pedir socorro. A muito contra-gosto, com receio... mas pedi! Era isso ou sumir!
Resolvi pedir, não queria sumir, a saudade seria grande demais!
Pedi e... foi um desastre total! A pessoa não deu conta! Tadinha... esse foi um caso de que a intenção era maior que a capacidade de ajudar. Mas eu havia dito a ela: você não vai dar conta! Ela disse que daria sim, era só confiar!
Bem, chegou a hora que me encontrava entre dois caminhos: sumir ou desabafar! Estava acostumada a sumir, mas desta vez eu tinha uma pessoa que me disse para desabafar. Tento ou não??? Que medo!
Tentei!!! Confiei e... ela não deu conta! De repente, quando o desespero foi maior que a capacidade de se controlar me vi correndo num estacionamento e entrando no meu carro pra gritar e gritar e gritar... eram gritos de "porque??????"
Porque me disse que daria conta? Porque não me deixou sumir? Porque fez eu me abrir? Sempre dei conta sozinha... porque mudei as coisas?
Bem... após a descarga de adrenalina.... lá estava ela, me procurando e quando me achou me falou, com uma sinceridade comovente, que aquilo jamais aconteceria. Que seria meu porto seguro quando eu precisasse.
Você teria acreditado??? Daria uma segunda chance?
É... eu dei!
Pequenas tempestades à parte, desde ontem passo por uma tsunami e estou pedindo ajuda com pisca-pisca!
Qual não foi minha surpresa quando percebi que, mais uma vez, a intenção era maior que a capacidade.Ou que era coisa demais pra qualquer ser humano normal.
Sou louca, sei disso desde sempre, e me desculpo por achar que alguém no mundo poderia me ajudar.
Agradeço, de coração, a intenção, mas sei que fui demais para qualquer mortal.
Ainda tentei não falar... tentei guardar pra mim. Mas, diante da insistência e boa intenção, não resisti e disse o que ela poderia fazer: "Cuida de mim, com todo o carinho do mundo... todo mesmo!"
Mas, foi demais e acabei, de novo, dentro carro, chorando, só que dessa vez vendo a pessoa se afastar. Ela, dessa vez, não me procurou. Ela se foi e me deixou destruída, sem entender o porque me disse que cuidaria de mim e, no fim, foi embora.
Andando sem rumo pela Rodovia do Sol tive meus momentos de desespero e angústia sem fim. Meu rosto, que há uns 2 anos não paralisava, paralisou! Tive pânico, medo e raiva. Raiva de mim, da vida, da minha vida! Raiva por ser uma pessoa fraca que um dia achou que poderia se abrir com alguém e esse alguém daria conta. Raiva da minha burrice: se eu sabia que não, porque insisti nessa ideia estúpida???
Se eu resolvesse como sempre resolvi era uma coisa a menos pra eu me preocupar...
Aprendi com isso que nunca devemos sobrecarregar ninguém. Ela disse que conseguiria, mas eu tinha certeza que não! Então não deveria ter feito o que fiz, deveria ter dado ouvidos à minha intuição.
Mas, se é vivendo que se aprende, aí está a lição de toda uma vida: quem nasceu pra ser sozinho não deve tentar seu parte de um par. Nunca dará certo pela própria natureza imutável de uma personalidade solitária. Tudo nessa personalidade só é tolerável e compreendido por ela mesma. E se não for, dane-se! Ela com ela mesma se entende e ninguém se fere.
Tenho certeza de que a pessoa que foi embora e me deixou sangrando está sangrando ainda mais... está se sentindo fracassada por não ter conseguido suportar tantas coisas.
Não se sinta e acredite em mim: a loucura solitária de uma personalidade intensa é insuportável, até mesmo com as melhores intenções do mundo!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Viver morrida

O que dizer quando não se sabe que palavras usar?
Posso gritar? Posso enlouquecer? Talvez assim consigo expressar.
Estou em crise de abstinência, acho!
Estou sentindo falta... falta de!
Não sou boa com deduções. Sei disso, sempre soube mas continuo me aventurando nessa seara. Besteira! Sempre que faço isso me dou mal, mas insisto!
Deduzo que vou sofrer, que vai doer, que vou morrer mesmo estando viva!
Uma vez escrevi que queria morrer, estando viva, queria viver morrida!
Acho que é isso! É diferente de entrar na caverna, muito diferente.
Quanta coisa tem esse tal de lado emocional! Que saco!
É mais fácil ser frio? Não saberia responder e não me arrisco deduzir por motivos óbvios.
Sabe o que é interessante??? É que do mesmo jeito que quero viver morrida sinto falta de algo que nem perdi!
Culpa de quem??? Da minha doce e estranha-mente!
Ela me apronta cada uma que me aborrece de tal maneira que tento calar a "boca" dela tapando os ouvidos!
Não adianta! Ela fala e fala, eu querendo ou não!
E ela me diz agora, às vezes sussurrando, às vezes gritando: você perdeu!
O que???
Perdeu, simples-mente!
Medo! Na postagem anterior a palavra medo esteve presente. Não sou de temer muitas coisas, principalmente quando me lembro que já enfrentei medos maiores.
Tem como medir o medo? Acho que, no momento em que se sente o medo, não importa do que, ele é sempre grande, sempre!
Os dias foram se passando, e minha busca não parou. Me consultei com um médico amigo, ou melhor, um amigo médico, que sempre me socorreu nessas horas. Chegamos a mesma conclusão: meu corpo estava mandando a conta do desgaste!
Mil idéias, projetos engavetados saindo para dar o ar da graça na orla da Praia da Costa. Amanhã mesmo começarei. Não vai dar, afinal, temos que eliminar qualquer possibilidade de ser algo cardíaco. Marcar consulta e ver no que dá, embora já tivesse quase certeza da resposta.
Marquei, teria que esperar uma semana porque pedi o melhor cardiologista. Até que chegou o dia da consulta tive mais algumas crises, só uma de grande porte.
Finalmente chega  dia 14 e estou lá, frente à frente com o Dr. Eduardo (adoro esse nome), e o resultado foi mesmo o esperado: NADA!
Ainda falta o teste da esteira, só então serei liberada para atividades físicas.
Quero muito fazer algo, estou mesmo sentindo essa necessidade e não vou abrir mão. O professor de educação física da minha escola está montando um programa de exercícios, etc.
Vou começar assim que receber liberação. Vai dar certo!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

As crises!

Bem, passado o susto, chega à noite e vamos aos estudos, leituras, pesquisas.
Se senti algo, foi porque aconteceu! Não estou em estágio esquizofrênico em nenhum grau! Então porque os níveis estavam normais? Não demorou pra entender que o que eu tive foi um ataque de pânico!
A descrição que postei anteriormente explicou tudo!
Em fim, as dúvidas foram sendo sanadas e outras vieram: Quando acontece? Como parar? Como tratar? Como? Quando? Onde? Porque? De que forma?
Certeza de uma coisa apenas: não passaria por passar, vi a palavra psiquiatra no meio de tantos textos.
Algo contra psiquiatra? Não! Mas não quero ir a alguém que vai me "examinar" por 15 min e me passar um remédio tarja preta com retenção de receita. Tenho certa "arrelia" a isso!
Tinha o propósito de dormir cedo mas, fiquei com medo! Medo de acontecer de novo, sei lá!
Não havia nada, mas poderia haver. Fiquei acordada até alta madrugada quando me entreguei e fui dormir.
Foi só me deitar que tive outra crise. Bem menor, menos intensa, mas causou medo do mesmo jeito!
Tentei mentalizar: isso não é real, é só um desequilíbrio hormonal, não é real, não estou morrendo!
Adiantou apenas para eu não ir ao hospital, pois os sintomas são os mesmos e só vão embora quando querem!
Levantei, tomei um banho frio e voltei a deitar.
Dormi, com medo claro! O ser humano não foi feito pra morrer e quando está assim, cara a cara com a possibilidade de ir dessa pra melhor (?), bate o desespero mesmo!
Outro dia chegou, e fiquei me observando pra ver como seria.

Síndrome do Pânico

Primeiro as definições, adoro!

Síndrome  é o grupo ou agregado de sinais e sintomas associados a uma mesma patologia e que em seu conjunto definem o diagnóstico e o quadro clínico de uma condição médica.
                                                                       (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)


PânicoA palavra "pânico" deriva do grego πανικός ("pertencente ao deus dos rebanhos, "), que levou diversão de assustadores rebanhos de caprinos e ovinos em explosões repentinas de medo incontrolável. Os gregos antigos creditavam a vitória na batalha de Maratona a Pã. Eles usavam seu nome para o medo exibido pelos soldados inimigos em fuga.
Na natureza, o "estado de pânico" é um sistema de defesa normal e útil que ativa todas as regiões do cérebro que estão relacionadas à atenção. É como se o animal entrasse em alerta máximo e num processo de fuga. Uma característica, por exemplo, é perder um pouco da sensibilidade nas extremidades do corpo para facilitar a fuga; ferimentos leves são ignorados enquanto um animal foge de seu predador
                                                                                        (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)


A questão é quando se tem pânico sem estar em real perigo! Isso é uma merda! Algo que te incapacita, te fere e te constrange! Você se sente um ser inutilmente frágil porque tem a real impressão de que vai morrer, algo vai te pegar, te matar sufocado. Algo invisível, que nem ao menos te toca mas tem o poder de roubar seu ar!
Ligue ventiladores, pode se colocar em pé na frente de um, não adianta, estão roubando seu ar, você está ficando tonta, seu cérebro vai apagar, você vai morrer!


"Porém, para o ser-humano, o pânico em situações que não expressam real perigo, pode ser uma doença que atrapalha o convívio social, chamada de síndrome do pânico. O "medo do pânico" pode se tornar o transtorno do pânico relacionadas a outros tipos de patologia psiquiátrica como crise de ansiedade,depressãoestresse e outros."
                                                                                       (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)


Pois é, como se não bastasse tudo o que já enfrentei, essa é a bola da vez! 
Terça feira, dia 01/02/2011, dei entrada no ambulatório do Hospital Evangélico com os seguintes sintomas: dor forte no braço esquerdo, formigamento de ambas as mãos, aperto no peito, batimentos cardíacos irregulares, falta de ar, tonturas! A certeza de que provavelmente estava tendo um enfarto era certa!
Tinha uma triagem, tinha senhas, tinha toda uma parafernália necessária para atendimento: maldita UNIMED!
Odeio médicos, hospitais, internações, cheiro de hospital. Deve haver produtos de limpeza "aroma de hospital". Todos os hospitais cheiram a hospital, repararam???
Não segui as as regras dessa vez. Cheguei ao balcão e disse: "É provável que eu esteja tendo um enfarto, preciso de atendimento agora!" Eu não estava prestes a desmaiar ainda, mas se ela não me deixasse entrar eu iria fingir um desmaio, porque de verdade, eu estava muito tonta e com muita dor!
Entrei, o médico era conhecido, mas achei que ele não tivesse me reconhecido. Aferiu tudo, estava tudo normal!
COMO ASSIM???? Estou sentindo a vida ir embora, SEI QUE ESTOU MORRENDO!!! Como assim está tudo normal????
Veio o desespero, a vergonha de parecer uma louca que produz sintomas ou que gosta de estar em médicos! ODEIO PRECISAR DE MÉDICOS! Quem me conhece sabe disso!
Mas ali estava eu, com todos os sinas vitais em ordem: oxigenação, batimentos cardíacos, pressão! Mas minhas sensações diziam o contrário!
O médico, acho que já sabendo o que eu estava passando, tratou de me tranquilizar: "fique bem, está tudo normal apesar de parecer que não está! Você deve estar ansiosa, espere lá fora até poder ser vista por um especialista! Mas esteja certa de que está tudo bem!" 
EU? ESPERAR???? Até tentei, mas não deu! Se estava tudo bem que droga era aquela que eu estava sentindo?????
Fui pra casa, dormi uns 40 min, acordei! Fui trabalhar, era primeiro dia de aula na escola e eu nem pude estar lá para receber as crianças! E agora???
Era esperar chegar de noite e pesquisar. Sou pesquisadora por natureza! Pesquiso sobre tudo para ajudar a quem precisa. Pesquisava antes da haver qualquer sinal dessa tal Internet. A biblioteca da UFES era minha segunda casa, passava mais tempo lá, inclusive!
Fui trabalhar, torcendo pra não sentir novamente a terrível sensação que me levou ao hospital!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Metade...

                     Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

































quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Agonia


Se fosse resolver
iria te dizer
foi minha agonia

Se eu tentasse entender
por mais que eu me esforçasse
eu não conseguiria

E aqui no coração 
eu sei que vou morrer
Um pouco a cada dia

E sem que se perceba
A gente se encontra
Pra uma outra folia

Eu vou pensar que é festa
Vou dançar, cantar
é minha garantia

E vou contagiar diversos corações
com minha euforia

E a amargura e o tempo
vão deixar meu corpo,
minha alma vazia

E sem que se perceba a gente se encontra
pra uma outra folia


Em qualquer tempo, em qualquer lugar!

As ruas mudaram
Os rostos são diferentes.
Era a minha cidade
Eu não a reconheço mais
Eu sou apenas uma estranha
Sem uma terra própria

Eu lembro que você estava lá
Qualquer emoção.
Qualquer verdadeira devoção.
Em qualquer tempo, em qualquer lugar.

As casas mudaram
As vozes são diferentes
Era a minha cidade
Eu não a reconheço mais
Eu sou apenas uma estranha
Sem uma terra própria

Eu lembro que você estava lá
Qualquer emoção.
Qualquer verdadeira devoção.
Em qualquer tempo, em qualquer lugar.

Muitos anos se passaram.
As vidas mudaram.
Era a minha cidade
Eu não a reconheço mais
Eu sou apenas uma estranha
Sem uma terra própria





terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Som do Silêncio


Olá escuridão, minha velha amiga
Eu vim para conversar contigo novamente
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em meu cérebro
Ainda permanece
Entre o som do silêncio


Em sonhos agitados eu caminho só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob a auréola de uma lamparina de rua
Virei meu colarinho para proteger do frio e umidade
Quando meus olhos foram apunhalados pelo lampejo de uma luz de néon
Que rachou a noite
E tocou o som do silêncio


E na luz nua eu vi
Dez mil pessoas talvez mais
Pessoas conversando sem falar
Pessoas ouvindo sem escutar
Pessoas escrevendo canções que vozes jamais compartilharam
Ninguém ousou
Perturbar o som do silêncio


"Tolos," eu disse, "vocês não sabem"
O silêncio como um câncer que cresce
Ouçam minhas palavras que eu posso lhes ensinar
Tomem meus braços que eu posso lhes estender"
Mas minhas palavras
Como silenciosas gotas de chuva caíram
E ecoaram no poço do silêncio


E as pessoas curvaram-se e rezaram
Ao Deus de néon que elas criaram
E um sinal faiscou o seu aviso
Nas palavras que estavam se formando
E o sinal disse, "As palavras dos profetas estão escritas nas paredes do metrô
E corredores de habitações"
E sussurraram no som do silêncio.


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sabedoria!!!

"A vida tem sua própria sabedoria.
Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo a mata.
Quem tenta ajudar o broto a sair da semente o destrói.
Há certas coisas que têm que acontecer de dentro para fora"
(Rubem Alves)

Tentei interferir no processo e acabei por matar a caminhada!

Quebrei as teclas, desfiz a melodia... e agora?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Máscaras!


Às vezes achamos que precisamos de máscaras para que as pessoas gostem de nós. Conheci alguém que é tão maravilhoso mas, não acredita que é! Pensando em ser outra pessoa acabou por esconder sua própria essência.

Saindo da caverna...

A solidão estava muito grande, o medo estava muito profundo
O equilíbrio que havia conseguido foi a custo de muito esforço.
Resolvi que merecia um presente e passei essa  noite com meus melhores amigos.
Dessa noite levo, entre várias lembranças, esse vídeo:



Esse vídeo foi animador, obrigada amigos!
Não sei como será quando eu acordar amanhã.
Mas, diante de tantas surpresas boas, posso ter outra!
Assim espero...


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Valeu a pena!

Fiz algo inédito: quebrei uma regra básica das leis da reclusão!
Pensei que não o faria, ou que se o fizesse estaria tudo arruinado. Não era nem uma questão de opinião, não estou em época de opiniões fortes, era medo regredir, de acabar perdendo um pouco ou tudo do que havia avançado. Mas senti que não havia jeito.
Havia alguém fazendo algo pra mim e ele não estava conseguindo. Era algo necessário demais e não estava dando certo, senti que a pessoa estava perdendo o poder de ação. Pensei: se eu não fizer algo tudo poderá dar errado. Mas para executar a tarefa era preciso que eu falasse, rompesse o silêncio, saísse da zona de conforto, quebrasse uma regra, saísse da caverna... enfim, tudo o que eu não imaginava nem que fosse capaz de fazer.
Então o fiz: falei!
Sei que não foi como sempre foi, mas falei!
Uma regra clara da reclusão é só falar quando se está pronto, eu ainda não estou!
Me observei o tempo todo, não forcei muito, expressei quase que só o necessário, quase que só o que deu vontade!
Surpreendentemente meu medo não se confirmou: não regredi!
Minha cabeça doeu um pouco, tentei brincar para ver se melhorava, o stress também aumentou um pouco, mas nada que não se recupere em uma noite de sono.
O mais importante é: Não regredi! Foi assustador, mas não regredi!
Meu processo continua o mesmo, e ainda com a satisfação de ter feito algo muito importante para pessoas muito amadas.
Foi uma surpresa e também tive outras muito agradáveis.
Não gosto de surpresas, mas dessas eu gostei!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os gritos do silêncio!


Não sei exatamente como explicar minha egotrip!
Não sei nem se consigo. É fato que eu nunca tive que fazer isso, mas agora quero. Pode parecer simples a relação custo-benefício: se te faz mal, porque continua?
Encaro como um remédio que, para curar algo mais sério acaba com seu estômago. Não há jeito: você tem uma infecção que se não for tratada pode te matar. Então tome o remédio que acaba com seu estômago, te faz sentir dores, queimações, te faz vomitar. Sentir dor é melhor que morrer e sentir nada. Para passar mal tem que estar viva!
O medo de sair da caverna e não ter ninguém à minha espera ronda, mas aos poucos vai embora quando me lembro que existem amizades verdadeiras, ainda que raras.
Uma frase que resume um pouco dessa viagem é: "Você consegue ouvir os gritos desesperados vindos de um lugar que todos chamam de silêncio?"
Nesse silêncio eu tenho todos os sentimentos vivos e ativos: desespero, amor, saudade, aflição, dor, paixão, medo... Não consigo ter largos sorrisos e nem palavras abundantes. Monossílabos e sorrisos de canto de boca, sim!
E eu grito: " ESTOU VIVA, SÓ PRECISO FICAR AQUI MAIS UM POUCO. ESTOU VIVA!"
Posso ser comparada a um urso hibernando, pois estou reclusa e sou tão gorda quanto um imenso urso pardo! Necessito hibernar, preciso, mas não morri e nem quero. Talvez, se não tivesse feito isso agora, morrer seria o meu desejo mais tarde! Melhor parar enquanto se tem chance de melhorar e não quando se quer desistir de vez!
Sinto saudades das horas de alegria, dos risos e piadas. Mas agora não tenho forças pra rir, nem mesmo pra gritar o suficiente para quebrar o silêncio. No momento o silêncio e algumas músicas belas e especiais são meus refúgios.
Está escuro, às vezes frio, às vezes dói e sempre há choro, mesmo que sem lágrimas. Mas tudo é necessário para uma reconstrução da essência, da alma, do emocional e até do físico.
Enquanto isso vou lendo um ótimo livro e ouvindo minhas músicas especiais e escolhidas à dedo. Elas me fazem ter certeza de que quando eu sair da caverna, quando eu conseguir quebrar o silêncio, terá alguém me esperando!
Obrigada!




segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Viagem pra dentro de mim

Após mudanças, eventos, viagens (mesmo que a trabalho), enfim, após algo que de alguma forma mude minha rotina sinto que estou desestabilizada emocionalmente.
Preciso então de um tempo no escuro, no silêncio, em um lugar onde só eu tenho acesso.
Nesses momentos as palavras faltam, por incrível que pareça é só aí que consigo ter uma hipoatividade mental.
Só nesses momentos consigo ouvir o silêncio dentro de mim, só nesses momentos!
Aproveito esse silêncio para me equilibrar, me "aprumar", me encontrar na minha essência.
Não é algo difícil de entender: saí da rotina, houve um desequilíbrio, tenho então que me esforçar para encontrar o equilíbrio novamente. Pra isso preciso estar dentro de mim, numa viagem mesmo. Não há tempo de duração, não há previsão, só há a certeza de que haverá volta.


Sua Magestade, o beija-flor!





Tirei essas fotos com muito prazer. É uma terapia para minha mente hiperativa.
Ficar lá parada, fazendo 1000 fotos para no final aproveitar 10 ou 20, rsrs. Mas valeu muito a pena, mesmo! São aves nobres!

O Livro das Ideias

Tenho uma mente hiperativa!
O que vou escrever no blog eu já fazia em um livro, que eu chamei de "Livro das Ideias". Eu pensava e simplesmente escrevia! Era meu companheiro fiel quando havia uma tempestade de ideias. Era meu alívio!
Meu livro foi roubado!
Fiquei sem ideias??? Pelos menos sem aquelas ideias!
Passei tempos sem ter como escrever porque o Livro da Ideias tinha a textura, tamanho e tudo o mais que eu instituí como ideal para um livro dessa natureza.
Até tentei fazer outro, mas não deu certo.
Meu terapeuta aconselhou o Blog. Isso foi há meses, e só agora tive coragem. Coragem? É!
Escolhi a cor do blog parecida com a cor das páginas do Livro das Ideias!
Estou tentando... hoje tive vontade mesmo, de verdade!Virei todos os dias, nem que seja para uma palavra!
De uma coisa tenho certeza, pelo menos isso: esse "livro" não será roubado!

Campanha pela vida: Cada um cuida da sua!


É incrível como determinadas  músicas falam exatamente o que você quer dizer!
Essa música,  pra mim, é tudo!
É uma questão de não se adequar ao sistema e não saber o que fazer com essa inadequação.
E quem disse que temos que nos encaixar ao que outros fizeram?
A vida? A sociedade? Seu chefe? Sua família?
Qual o problema de ser diferente? Porque agride tanto quando digo: "não faço a menor questão de conviver em um grupo"?
Há alguns anos, depois de tanto tentar me encaixar em algo que eu sabia que não havia o menor sentido tentar encaixar, cansei de tudo e lancei uma campanha. Tem slogan e tudo:

CAMPANHA PELA VIDA: Cada um cuida da sua! Participe você também!

Foi a melhor coisa que eu pude fazer por mim!
Pensei que seria um alívio para os que me elogiavam tanto me chamando de chata, faladeira, polêmica, encrenqueira e outros palavras doces. Ledo engano! O povo começou a perguntar porque eu vivia no meu canto, porque estava isolada... Vai entender! Se eu tivesse que conviver com alguém que era tudo o que eu "era", eu daria graças a Deus por ela sumir de minha convivência!
No fim descobri que é impossível agradar à todos, então passei a me dedicar a agradar a mim mesma e aos que, talvez, gostem de mim assim.
Sei que é difícil, em geral não sou o tipo de pessoa "gostável", mas... paciência!